Dedico aos meus amigos Flávio, Érika e Tia Fá.
De súbito, ressuscitam memórias
de um tempo bom.
Daquelas velhas glórias,
de jovens à toa e pé no chão.
Pés tortos, numa saia de baiana,
com riso e deboche.
Noites à dentro, vela a derreter,
idéias, sonhos e nada de cama.
E no teatro às escadas,
escorregam gargalhadas,
erro e pó de imaginação.
E o sopro com a mão no queixo,
fez passar voando,
como em um turbilhão,
como que com desleixo.
Imagens, que se passam
faces que marcaram,
o trevo, a Ana
e a água da cana.
Ah! E o moço do cruzeiro
com rabo de gato,
cabeça de máquina de escrever...
é tanta coisa
que faz renascer
o desejo de voltar àquelas tardes
à porta da casa
esperando as estrelas,
procurando seres de outros planetas.
Ou mesmo achando tê-los achado,
ao avistar um Balão de São João.
E assim se passavam os dias,
todos os dias, em minhas férias de verão.
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