O cheiro de poeira
E a correr, a estrada.
É o vento na viseira
E os trilhos na madrugada.
Sou filho da terra.
Meu corpo a ela pertence.
A porteira se estende
E vou subindo a Serra.
Passando por caminhos tortos
Sigo em frente,
De casa em casa,
Com o frio entre os dentes.
Indo embora,
Asfalto e chão.
Hoje, lá fora,
Uma canção
Sobre a brisa,
Sobre seguir o tempo
E levar a vida
Em passatempo.
O gosto doce das matas
E o suor que escorre
Nos rios,
Tudo isso me ocorre
Em meus caminhos.
É bem verdade
Que ainda não vi tudo,
Mas a minha vaidade
É que não me contento.
A vontade de não ver tudo
Na realidade é meu alento.
terça-feira, 13 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Naquela nova vida
Necessito
nascer
novamente
naquela
noite
nem
notei
nossa
notória
[saudade...
naquele
nó
nascia
nosso
novelo
na verdade
nubentes
negados
num
nocivo
[ desdém...
numa
nua
negação
no
ninho
nivelava
nossas
necessidades.
Não havia
néctar
nem
nácar.
Não nascia
nem mesmo
novilho,
nulo
nesse
nódulo
nascido
[num acaso.
nascer
novamente
naquela
noite
nem
notei
nossa
notória
[saudade...
naquele
nó
nascia
nosso
novelo
na verdade
nubentes
negados
num
nocivo
[ desdém...
numa
nua
negação
no
ninho
nivelava
nossas
necessidades.
Não havia
néctar
nem
nácar.
Não nascia
nem mesmo
novilho,
nulo
nesse
nódulo
nascido
[num acaso.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Se foi
Saiu
sem
saber
se
seria
seu sopro
[no coração...
selou
sua
solidão
sem
soltar
som
só
sobras
[e comoção...
sabia
salvar
seu
salto
sem
sol
em salmoura
[na bacia
sem
sobressaltos
saltou
sua
séria
sabedoria
sacrificou
sem
saber
se seriam
sobras
seu suave gesto
sem gosto
sem graça
[se foi....
sem
saber
se
seria
seu sopro
[no coração...
selou
sua
solidão
sem
soltar
som
só
sobras
[e comoção...
sabia
salvar
seu
salto
sem
sol
em salmoura
[na bacia
sem
sobressaltos
saltou
sua
séria
sabedoria
sacrificou
sem
saber
se seriam
sobras
seu suave gesto
sem gosto
sem graça
[se foi....
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Fora do ritmo
O desânimo se instalou!
Estou com preguiça de mim!
A paciência resvalou
e foi parar em Berlim!
O tempo de rimar
já vai acabar
e logo que soar,
o sino marcará
o fim.
E o começo do meu retorno
à casa boa, sem transtorno,
me dirijo, enfim.
As horas que passei
sem nem olhar para o mestre
e de ensinamentos que nem lembrei,
será que ele sabe que eu sei?
Vai ditar minhas notas
essas não soam bem,
nem sei mesmo como tocam
os acordes que me vem.
Se o seu papel é não deixar eu seguir,
eu lhe garanto que o meu
é confundir!
Brincar com palavras
zombeteiro que sou
vou falar de trevas
e você me dirá que errou.
Mas acalma-te afinal,
pois aqui jaz um desabafo
e a minha poesia é um blefe.
O poeta está cansado, mas é safo!
Vá pra casa e descanse,
pense bem e não saboteie.
Posso não fazer que te lances
mas no fim, enlouqueça!
Estou com preguiça de mim!
A paciência resvalou
e foi parar em Berlim!
O tempo de rimar
já vai acabar
e logo que soar,
o sino marcará
o fim.
E o começo do meu retorno
à casa boa, sem transtorno,
me dirijo, enfim.
As horas que passei
sem nem olhar para o mestre
e de ensinamentos que nem lembrei,
será que ele sabe que eu sei?
Vai ditar minhas notas
essas não soam bem,
nem sei mesmo como tocam
os acordes que me vem.
Se o seu papel é não deixar eu seguir,
eu lhe garanto que o meu
é confundir!
Brincar com palavras
zombeteiro que sou
vou falar de trevas
e você me dirá que errou.
Mas acalma-te afinal,
pois aqui jaz um desabafo
e a minha poesia é um blefe.
O poeta está cansado, mas é safo!
Vá pra casa e descanse,
pense bem e não saboteie.
Posso não fazer que te lances
mas no fim, enlouqueça!
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