a cantiga da memória.
Relicários doces
dos quais se omitiu,
ou mesmo eu não deixei
claro nos descaminhos
sobre o suor que me escorreu.
Por mais que tente
não há carinhos
nem malícias
que enxugue a têmpora
do brilho acre,
do ser sozinho.
Há sempre a tentativa torpe
e desmedida de resgatar o tempo,
de relembrar a história.
Ecos no escuro
nossos amores e desafetos
beijos e socos detrás os muros.
Mil vozes rezaram em uníssono
rogando o seu retorno.
De volta, apenas meu grito estridente,
cheio de dor entre os dentes,
amanhecendo o transtorno.
E você, de vestidinho claro
leve e solto ao vento
comia, sem alento,
as sobras de um sem fim,
sem rumo.
Mas o teu coração...Ah o teu coração!
Esse não soluçava como o meu.
Tu corrias com sorriso nos olhos,
saciada e plena,
eras livre sem mim.
Um comentário:
Livre não era só ela, é só q outro n descobriu q tb era livre... mas geralmente é assim msm.
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