quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Buquês de rosas...muitos...dezenas...centenas...milhares deles!

O passo de quem anda rumo ao nada
de quem nunca se ouviu
de quem nunca se falou
daquele de cuja voz já não me lembro
de cujas saudades não mais sinto.
sinto muito.
esqueci de te alegrar com flores
e mesmo que os que da colheita
tiram seus comuns prazeres
voltem pra que eu possa deles as comprar
não posso negar
não há mais rosas.
não há mais vozes
de onde outrora ouvias o cantar.

mesmo que não haja mais sentido
quero um buquê de rosas
rosas pra presentear
rosas pra sanar a dor
rosas pra nascerem asas
asas pra voar...
ou cair em queda-livre.
quero rosas pra quem vive
e não sei que flores pra quem já partiu.
O poço d'água mesmo seco ainda existe
o som do vento mesmo fraco
tal como chiste, insiste...
causa injúria n'alma
faz que me acalma
mas só me acalenta o amor
amor vencido, desvalido, desfigurado.
no fundo, estou dilacerado
mas persiste fundo
a vontade de seguir
deixar o corpo levitar
esquecer o que me fez chorar,
enfim...lembrar que há muito mais
pra quem sonha em não ser medíocre
pra quem desistiu de ser míope
e mesmo que não deixem
quer voar...voar...voar....
louco sonho!!! devaneio!!!
doce receio que me faz retornar.
e te trazer duas centenas de milhares de buquês de rosas....
rosas que não mais vão cessar!

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