quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Se soubéssemos

Quero te lembrar que te esqueci
que toda lembrança
agora jaz em algum baú escondido.
Que aquele sentimento redivivo
está morto...de vez!!!

cansei de esperar qualquer esboço de alegria
de alguma reação
de que não mais me contraria...
mas nem isso é suficiente pra dizer
o que não mais quero saber...

desisti de tentar fingir emoção
de te provocar qualquer comoção
mas nem isso!!!
é por aí mesmo...
assim como nós pensávamos que seria
tudo parece bem menos complicado do que poderia

se tivéssemos alongado a conversa
lembrado de quantos copos já se foram
e que lá fora
há vida que nos espera

se soubéssemos que o amor por si só não é sustento
que é preciso privação
para que resista o amor
mas que assim é que se vai a paixão
que se dá cabo à emoção
que a negação é como mordida
que jorra veneno na ferida
necrosa a pele e os tecidos
Tecidos fortes outrora bem cingidos
agora frouxos e sem vida.

Ahh se soubéssemos de tanta coisa...seríamos tão mais...tão menos...

Um comentário:

R. Bloise disse...

A penultima estrofe é o máximo, mais pura verdade!
E como diria qlq um de nós numa ocasião dessas "Isso que é pior!"