terça-feira, 24 de junho de 2008

A balada do surto e da mente

A balada do surto e da mente

A carne trêmula
Os movimentos e reflexos a mil
A caneta, o batuque, o silêncio...novo batucar...
A Aflição! Deus! É como o vento forte e a flâmula!

Ahh, a noite que se aproxima!!!
Como uma águia à espreita
de garras engatilhadas
as guardando para a presa ....
A insônia será a suspeita
de que essa garra já me comeu as vísceras....

Espero ainda, como a flor que espera
ser tocada pelo sol em sua primeira manhã
E nada!!!
É a certeza de mais uma noite roubada.
É você, tal qual sensação de desmaio,
suor repentino, como qual desatino
É meu ácido destino
que me põe a escrever
mesmo sem saber o porquê.

Ahh, pensamento louco
rearranje-se um pouco
me deixa te expressar
pro papel te passar
na memória e no tempo te fixar.
ande logo pensamento!
Me ajude um só momento
me devolva o ar
que eu preciso respirar!

...e o tremor passou...
o batuque enfim se amansou...
é como uma brisa serena que dá lugar
pra que a cabeça possa em paz descansar.
É como o mar, que após a ressaca
regurgita toda a sujeira
desfaz-se do ódio e do amor
e da paixão e do fervor...

E a mansidão retoma seu espaço
abrandando meus pensamentos
me livrando do terror
e do desterro toda minh'alma
que por fim, com calma
retorna a repousar.

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