Enquanto a clausura dessas linhas me consome
os jovens livres de algum lugar valseiam
à beira dos rios correm soltos
à sombra de proibições, proclamam
aos gritos: "Me ame!"
Jovens livres, sim.
Livres amadores, eternos amantes
Não juram envão, amam.
Sempre amarão.
É que o mundo mesquinho
que se fechou à lógica de que
só ama quem mantém o mesmo amor
e de que tudo aquilo que se jura numa noite
foi por sorte do calor.
Juventude liberta, eis-me aqui!
Engaiolado nessas breves estrofes
admirando sua coragem
o que pra mim parece miragem
saudade do que um dia poderei ser.
Mas não sei se sobrevivi à essa travessia...
Ai, esse deserto! Eterno me parece!
Perene como o rio que talvez um dia o atravesse
mas em grande parte começa a querer secar!
Ah, se não fosse minha prece,
Minha prece pedindo pra te amar!
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