sábado, 20 de setembro de 2008

Ainda guardando com amor, o amor.


Por quê não percebes
Que a cama está feita
E o café te espera à mesa?
Por que não me espera
E meu carinho rejeita?
Não aceitas surpresas.
De meu beijo desistes,
Não o guarda na testa,
Por que estás sempre com pressa?

Sê calma!
Aguarda minha vinda!
Não vá perder sua alma
Nas margens corridas!
Sou o barro já esgarçado
Pela água que passa.
E o mais comentado,
Meu amor desgraçado.
Quem vê, não vê graça.


Rides de minha prece?
Ela é para que tu te acalentes!
Do meu amor não se esquece,
É demente.

Por quê não te deitas ao meu lado
Esquece o tempo passageiro
Liberta-se desse ritmo ligeiro
E vem me fazer um afago?
Por que não me cantas uma velha canção
Pro teu passado relembrar?
Estás tão ligada ao futuro
Que se esqueceu de pular o muro
Pro presente enxergar.
Estou aqui te esperando
Pedindo e rezando
Para que me olhe e me ame
Beije e me chame:
É hora de descansar!

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