sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

De mãos livres

Sobressalta o coração do amante
ressalvas do amor
que cego segue sem sim
sem sentir o clamor bárbaro
dos dias que minam a nossa história
que vive de glórias
passadas a tentar sangrar a cor
dos olhos meus que fitam
tuas íris multicoloridas
são idas e vindas
de vidas já esquecidas.

Me fizeste pelas chamas passar
de pés virados pra trás
pra não perceber o quanto já havia percorrido
e perdido
pelos teus seios
em que horas passeei
e de quando me lembrei
do fulgor juvenil
das noites maldormidas
e nem dormidas
vendo o pôr-do-sol
e esquecendo de pôr o lencol
deitando mesmo sobre a relva
sem leis da selva, sem testa calva
e as lembranças enegrecidas
pelos teus únicos sorrisos.

Peço perdão a mim
e a mais ninguém.
Seu sorriso foi deboche
da minha falha tentativa
de te fazer feliz, enfim.

Nenhum comentário: