quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Lágrima

A lágrima,
mãe das horas minhas,
olhos encolhidos,
sábias lágrimas que choram sozinhas.
saudades com gosto de sal.
mentiras e gestos insípidos.
o medo e dureza do mal.
que é azul profundo e dor nas entranhas,
trem que te leva
e passa com a pressa
de quem já se foi
e já não sabe voltar.

e a morte do nosso amor,
no jardim de hortênsias
ontem vivas, hoje cinzas
ao som de um sino, um louvor.
São três badaladas.
três vezes te amei:
antes , durante e depois.
São três lágrimas
que molham o semblante que cultivei
E por fim, o inevitável torpor agonizante,
é o travesseiro e é o cobertor.

2 comentários:

R. Bloise disse...

Síndrome de mulherzisse... ou não...

DuQuE disse...

síndrome de mulherzisse...não vejo o por quê...síndrome de certas coisas difíceis pra nós admitirmos...produzimos lágrimas, apesar de tudo...