O cheiro de poeira
E a correr, a estrada.
É o vento na viseira
E os trilhos na madrugada.
Sou filho da terra.
Meu corpo a ela pertence.
A porteira se estende
E vou subindo a Serra.
Passando por caminhos tortos
Sigo em frente,
De casa em casa,
Com o frio entre os dentes.
Indo embora,
Asfalto e chão.
Hoje, lá fora,
Uma canção
Sobre a brisa,
Sobre seguir o tempo
E levar a vida
Em passatempo.
O gosto doce das matas
E o suor que escorre
Nos rios,
Tudo isso me ocorre
Em meus caminhos.
É bem verdade
Que ainda não vi tudo,
Mas a minha vaidade
É que não me contento.
A vontade de não ver tudo
Na realidade é meu alento.
Um comentário:
Palma... a cidade, digo... Ah, sim, sem "S" no final msm!
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